MATEMÁTICA
10(o), 11(o) e 12(o) ANOS
Versão final da proposta de
Ajustamento do Programa
Novembro de 1995
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
FINALIDADES
OBJECTIVOS GERAIS
CONTEÚDOS
ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
RECURSOS
AVALIAÇÃO
GESTÃO DO PROGRAMA
ACTIVIDADES COMPLEMENTARES
QUADRO RESUMO
Distribuição dos temas em cada ano
DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS E INDICAÇÕES METODOLÓGICAS
10(o) ANO
Tema I - Geometria no Plano e no Espaço I
Tema II - Funções e Gráficos -
Generalidades. Funções polinomiais. Função
módulo
Tema III - Estatística
11(o) ANO
Tema I - Geometria no Plano e no Espaço II
Tema II - Introdução ao Cálculo
Diferencial I - Funções racionais e com
radicais.
Taxa de variação /Derivada
Tema III - Sucessões
12(o) ANO
Tema I - Probabilidades e Combinatória
Tema II - Introdução ao Cálculo Diferencial II
Tema III - Trigonometria e Números Complexos
TEMA GERAL:
Lógica e Raciocínio Matemático
Departamento do Ensino Secundário
INTRODUÇÃO
A Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada em Outubro
de 1986, obrigava a uma reforma do sistema de ensino
e definia princípios e orientações
básicas para uma reorganização
dos planos curriculares dos ensinos básico e
secundário. A Comissão de Reforma do
Sistema Educativo encarregou-se de interpretar as orientações
curriculares da Lei de Bases, tomando as opções
curriculares fundamentais, no que respeita aos critérios
de selecção das matérias curriculares
e aos princípios orientadores da estrutura curricular.
Ficou definida então a configuração
da educação secundária, nos seus
objectivos, organização estrutural e
plano de estudos. Neste quadro geral, a Matemática
aparece como disciplina da Formação Específica
de vários agrupamentos a que é atribuída
uma carga horária semanal de 4 horas em cada
um dos anos do ensino secundário. Assim é
publicado em forma de lei, em 1989.
É neste quadro que é elaborado o programa
do ensino secundário de Matemática, com
uma primeira aplicação experimental
em algumas escolas e depois, desde 1993, com aplicação
generalizada em todas as escolas do país.
Se durante a aplicação experimental do
programa surgiram dificuldades de concretização,
mesmo contando com cargas horárias excepcionais,
a generalização da sua aplicação
em todas as escolas multiplicou essas dificuldades
e deu-lhes uma visibilidade nacional que o quadro da
experiência, pela sua própria natureza,
não podia ter dado. Ao segundo ano da generalização,
o volume dos problemas tornou clara a necessidade
de proceder a ajustamentos desse programa. Este ajustamento
não vem constituir um novo programa. Procurando
preservar os objectivos da renovação
do ensino da matemática, este ajustamento pretende
estabelecer maior clareza e melhor organização
dos conteúdos temáticos, explicitar a
articulação entre metodologias, objectivos
e conteúdos, reforçar a articulação
vertical com o 3(o) ciclo do ensino básico e
harmonizar no tempo, quando possível, algumas
articulações interdisciplinares.
Porque uma das principais dificuldades dos professores
nas escolas e um dos principais problemas residia
na extensão do programa, o ajustamento do programa
considerou também a exclusão de itens
de conteúdo que a experiência mostrou
constituírem sobrecarga e impedimento para que
aos alunos fosse dado acesso a temas fundamentais e
fundadores.
O programa ajustado, agora aprovado, foi elaborado sobre uma base de relatos de experimentadores e professores e de pareceres de professores e especialistas em Matemática e no ensino da Matemática, que, em vários momentos, foram chamados para se pronunciarem individual ou institucionalmente sobre os problemas e as versões de propostas de ajustamento. Foram consultadas e participaram as escolas do ensino superior e do ensino secundário público e privado, sociedades científicas, associações de professores e instituições. Também os autores dos programas de Matemática e de Física foram consultados e participaram, a esse nível, no desenvolvimento do trabalho deste ajustamento do programa.
Os fundamentos do programa - finalidades, objectivos gerais, orientações metodológicas - permanecem sem alterações ou com alterações de pormenor. Assim também aconteceu com a explicitação dos recursos necessários à leccionação da Matemática, em que se procurou fazer simples adequações à evolução tecnológica, particularmente relativas à emergência das calculadoras com capacidades gráficas, que mantendo as capacidades das calculadoras científicas, bem como a portabilidade e o preço, vêm permitir novas e significativas aprendizagens que, até há pouco tempo, só eram possíveis com o uso de computadores.
No que respeita à organização dos temas e ao seu desenvolvimento, bem como às metodologias utilizadas, há alterações significativas, não só porque foram excluídos alguns conteúdos de cada tema, mas principalmente porque foram organizados de outro modo no sentido de possibilitar e encorajar a abordagem temática. Ao mesmo tempo pretende-se desencorajar o aprofundamento deslocado deste ou daquele conteúdo por exercícios e técnicas rotineiros que, muitas vezes, foram e são tomados como único meio de consolidar aprendizagens.. Foram retirados todos os capítulos facultativos enquanto tal, embora se mantenham alguns itens assinalados com (*) que podem ou não ser leccionados.
Neste ajustamento, as questões de Lógica, Teoria de Conjuntos e de formas de raciocínio foram retirados do corpo do programa e passam a estar referidas como tema à parte, com um determinado desenvolvimento. Procura-se, deste modo, influenciar os professores no sentido de não abordar estas questões como conteúdo em si, mas de as utilizar quotidianamente em apoio do trabalho de reflexão científica que os actos de ensino e de aprendizagem científica sempre comportam, e só na medida em que elas vêm esclarecer e apoiar uma apropriação verdadeira dos conceitos. Neste tema, para além das questões clássicas de lógica, teoria dos conjuntos e raciocínio demonstrativo, introduzem-se também itens integradores dos diversos tipos de raciocínio científico e formas de organizar o pensamento e as actividades de resolução de problemas. Estes assuntos podem e devem ser abordados com os alunos do ensino secundário, mas com oportunidade e virados para necessidades sentidas de racionalizar, melhorar ou dar organização a métodos pessoais, ou como suporte de momentos de reflexão sobre a natureza do conhecimento.
Em muitos aspectos, a organização dos temas e as indicações metodológicas integram informações sobre oportunidade de abordar questões sobre a experimentação no ensino da matemática, de lógica e raciocínio, de história da matemática mas também informações sobre novos tipos de instrumentos de avaliação. As indicações sobre avaliação devem ser, pois, procuradas não tanto no pequeno texto sob esse título, mas mais no corpo do programa, nos diversos elementos de trabalho sugeridos.
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