12(o) ANO
Tema I - Probabilidades e Combinatória (36
aulas)
As probabilidades fornecem conceitos e métodos
para estudar casos de incerteza e para interpretar
previsões baseadas na incerteza. Este estudo,
que pode ser em grande parte experimental, fornece
uma base conceptual que capacita para interpretar,
de forma crítica , toda a comunicação
que utiliza a linguagem das probabilidades, bem como
a linguagem estatística.
As técnicas de contagem que aqui aparecem como
auxiliar do cálculo de probabilidades constituem
uma aprendizagem significativa por si só, especialmente
se desenvolverem mais as capacidades do raciocínio
combinatório e as conexões matemáticas
e menos a aplicação das fórmulas.
Considera-se ainda que o tema das Probabilidades constitui
uma boa oportunidade para a introdução
de uma axiomática, uma das formas de organizar
uma teoria matemática .
Finalmente, qualquer destes assuntos é bom para
prosseguir objectivos de trabalho em aspectos da História
da Matemática.
Pré-requisitos:
Noções elementares sobre conjuntos, Probabilidades
do 3(o) Ciclo do Ensino Básico.
Desenvolvimento
Introdução ao cálculo de Probabilidades:
*Experiência aleatória; conjunto de resultados;
acontecimento como subconjunto.
*Operações sobre acontecimentos.
*Acontecimento elementar; acontecimento certo, impossível;
acontecimentos contrário e incompatíveis.
*Lei dos grandes números
*Conceito frequencista de probabilidade; Propriedades
*Cálculo de probabilidades pela Lei de Laplace
Distribuição de frequências relativas
e distribuição de probabilidades
*Média, desvio padrão
*Representação gráfica: referência
à curva de Gauss e a caracteres que se distribuem
normalmente
Definição axiomática de Probabilidade
(caso finito) e propriedades elementares
*Definição de probabilidade condicionada.
e sua verificação da axiomática
das probabilidades
Indicações Metodológicas
Todo o trabalho deve iniciar-se pela realização
de experiências aleatórias ( frequências
relativas e probabilidades). Os estudantes devem ser
levados a elaborar formas de registo "legíveis"
para os resultados das suas experiências que
podem ser partilhadas em grupo. As experiências
e o estudo de situações (em particular
dos jogos) devem ser aproveitadas para dinamizar discussões
de tipo científico, bem como o trabalho cooperativo.
A axiomática das Probabilidades pode ser obtida pela intuição a partir das conclusões que se forem tirando das experiências e de outros exemplos apresentados. A axiomática, por ser curta , permite alguns exercícios de verificação simples capazes de motivar a apropriação da utilidade deste tipo de abordagem matemática.
Desenvolvimento
Combinatória
*Técnicas de contagem.
*Permutações. Arranjos com e sem repetição.
*Partes de um conjunto e combinações sem
repetição; propriedades. Triângulo
de Pascal.
*Binómio de Newton.
Aplicações ao cálculo de Probabilidades
*Acontecimentos independentes.
(*)O problema das provas repetidas e referência à lei binomial de probabilidade
Indicações Metodológicas
No caso das contagens que sejam facilitados por raciocínios
combinatórios, os alunos devem começar
por contar os elementos um a um, utilizando exemplos
(desde os mais simples até aos complicados),
até que reconheçam a utilidade dos diagramas
e depois das organizações simplificadoras.
Os exemplos de conjuntos para a contagem devem surgir
de situações problemáticas que
lhes forem sendo propostas. Mesmo o triângulo
de Pascal deve ser introduzido a partir de problemas.
Muitos problemas postos podem e devem resultar da análise
de jogos conhecidos.
As propriedades devem ser acedidas por meio de raciocínios
combinatórios, mas não deve ser desprezada
a ideia de, caso seja possível, introduzir conexões
matemáticas - com métodos recursivos
e fazendo alguma demonstração por indução
matemática.
Pascal, Tartaglia e Laplace são exemplos "interessantes" para realizar incursões na história dos conceitos matemáticos, na vida dos matemáticos, nas ligações da Matemática com outros ramos de saber e actividade. Deve ser referido que muitos resultados de contagens já eram conhecidos anteriormente noutras civilizações (o triângulo de Pascal era conhecido na China vários séculos antes de Pascal)
Pretende-se que o aluno trate agora com rigor os conceitos anteriormente estudados de forma primordialmente intuitiva.
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