ORGANIZADOR: JORGE ALMEIDA
Departamento de Matemática Pura, FCUP


 

 

 

GRACINDA GOMES, Departamento de Matemática, FCUL
ORDENS DE RETICULADO NATURAIS NO SEMIGRUPO INVERSO LIVRE

RESUMO
É bem conhecido que o grupo livre FG(X), num conjunto não vazio X, pode ser totalmente ordenado e que toda a ordem de reticulado que é compatível em FG(X) é uma ordem total.

Quanto ao semigrupo inverso livre FI(X) sabe-se que
não pode ser totalmente ordenado [2]. No entanto, podemos mostrar que FI(X) admite ordens de reticulado que são compatíveis, as quais estão intrinsecamente ligadas às ordens totais em FG(X). Este resultado surge como consequência do estudo de uma classe mais geral de semigrupos inversos E-unitários naturalmente ordenados.

[1] L. Fuchs, Partially Ordered Algebraic Systems, Pergamon, Oxford, 1963.

[2] T. Saitô, No free inverse semigroups is orderable, Proc. Japan Acad.
50 (1974) 837-838.

[3] G. M. S. Gomes, E. Giraldes e D. B. McAlister,
On a class of lattice ordered inverse semigroups, J. Algebra
230 (2000) 496-517.

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PEDRO V. SILVA, Departamento de Matemática Pura, FCUP
SUBCONJUNTOS RACIONAIS DO GRUPO LIVRE

RESUMO
Num artigo publicado em 1996, Géraud Sénizergues demonstrou uma conjectura proposta por Jacques Sakarovitch em 1979: dado um subconjunto racional do grupo livre, ou este é reconhecível (união de H-classes para algum subgrupo normal H de índice
finito) ou então disjuntivo (a respectiva congruência sintáctica é a identidade). Uma das consequências desta demonstração foi a obtenção de um algoritmo para determinar se um dado subconjunto racional do grupo livre é ou não reconhecível. Tomando como ponto de partida este problema, desenvolvemos duas abordagens diferentes da de Sénizergues, que permitem obter diversas caracterizações algorítmicas dos subconjuntos reconhecíveis e demonstrações alternativas dos resultados de Sénizergues, incluindo a conjectura de Sakarovitch.

A primeira abordagem usa técnicas oriundas do contexto dos monoides e autómatos inversos e tem a vantagem de produzir diversas caracterizações, entre as quais se incluem as mais sugestivas.

A segunda abordagem tem o mérito de ser mais universal e permitir consequentes generalizações a outras classes de grupos.

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BENJAMIM STEINBERG, Departamento de Matemática Pura, FCUP
O PROBLEMA DA EXTENSÃO PARA PERMUTAÇÕES PARCIAIS

RESUMO
Encontra-se frequentamente, na Matemática, o problema de estender automorfismos parciais, duma estrutura, para automorfismos totais (talvez com condições extras impostas). Por exemplo, na Teoria de Grupos, a extensão dum automorfismo parcial dum grupo, para um automorfismo induzido por conjugação, foi considerada por Higman, Neumann e Neumann, na construção de extensão de HNN. Eles provaram que tal extensão existe sempre e como, consequência, mostraram que qualquer grupo numerável mergulha num grupo gerado por dois elementos.

O problema de extensão finita de automorfismos parciais duma estrutura finita considera-se frequentamente, na Teoria de Modelos. Hrushovski estudou a situacao para grafos; isso foi generalizado, por Herwig e Lascar, para estruturas mais gerais.

Este problema tem significada particular, na Teoria de Semigrupos. O facto que qualquer permutação parcial dum conjunto finito poder ser estendido para uma permutação do mesmo conjunto é equivalente
(formalmente) ao teorema de Marshall Hall sobre grupos livres e o teorema de revestimento de semigrupos inversos finitos de McAlister.

Em trabalho com Karl Auinger, mostramos que existe uma classe
H de grupos solúveis finitos, fechado por produtos
directos, subgrupos e quocientes, com problema de pertênça decidível, tal que não é decidível se um conjunto S de permutações parciais dum conjunto finito X pode ser estendido para um conjunto T de permutações dum sobreconjunto finito Y supseteq X tal que o subgrupo de S_Y gerado por T pertence ao H.

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J. A. DIAS DA SILVA, Departamento de Matemática, FCUL
TEORIA ADITIVA PARA FUNÇÕES SIMÉTRICAS

RESUMO
Nesta apresentação referir-nos-emos à generalização dos problemas clássicos da Teoria Aditiva de Números que se obtém considerando em vez de conjuntos de somas de n elementos de um corpo F, isto é subconjuntos de

{ s_{1,n} (a_1,...,a_n) = a_1+...+a_n: a_i em F, i=1,...,n } ,

conjuntos de imagens por outro polinómio simétrico elementar de n-uplos de elementos de F, isto é subconjuntos de

{ s_{k,n} (a_1,...,a_n): a_i em F, i=1,...,n }.


Discutiremos os resultados obtidos, a complexidade e as dificuldades na abordagem destes problemas.

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JOÃO FILIPE QUEIRÓ, Departamento de Matemática, FCTUC
ESPECTROS PARCIAIS DE SOMAS DE OPERADORES HERMÍTICOS

RESUMO
Dados dois espectros reais alpha e beta, e um espectro parcial gamma', como saber se existem operadores hermíticos A e B, com espectros alpha e beta respectivamente, tais que gamma' seja parte do espectro de A+B?

Nesta palestra far-se-ão algumas observações sobre este problema em aberto.

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MARIA MANUEL CLEMENTINO, Departamento de Matemática, FCTUC
SOBRE ÁLGEBRAS LASSAS

RESUMO
A imersão da categoria dos conjuntos numa bicategoria de matrizes generalizadas permite enfraquecer de forma natural os axiomas de álgebra e de homomorfismo de álgebras para uma mónada, definindo deste modo categorias de álgebras lassas. Estas álgebras abrangem estruturas de índole diversa, que vão desde categorias e multicategorias pequenas, a estruturas topológicas, tais como espaços topológicos, uniformes e métricos. Nesta comunicação introduzimos a teoria das álgebras lassas e mostramos a sua influência na investigação de vários problemas.

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