ORGANIZADOR: JOAQUIM JOÃO JÚDICE
Departamento de Matemática, FCTUC


 

 

 

MARGARIDA VAZ PATO, Departamento de Matemática, ISEG
A OPTIMIZAÇÃO NO PROCESSO DE DECISÃO. ALGUNS CASOS DE APLICAÇÃO

RESUMO
Nos mais diversos sectores da actividade económica, os agentes decisores são chamados a fazer opções tendo que considerar uma ampla e complexa gama de condicionalismos. Em tais circunstâncias, depois de identificar um problema, a sua abordagem por intermédio de simples modelizações matemáticas poderá, para além de ajudar a clarificar a situação, apoiar a tomada de decisão e fornecer argumentos sólidos de justificação junto dos vários intervenientes ou utentes do processo. Acresce o facto de actualmente a internet e as folhas de cálculo disponibilizarem software standard de fácil utilização para resolução de problemas de pequena dimensão.

Nesta comunicação serão apresentados alguns problemas reais surgidos na área financeira, na gestão empresarial e na administração pública, seguindo-se as respectivas modelizações no contexto da optimização combinatória. Referir-se-á o software aplicado em cada caso e comentar-se-ão brevemente os resultados obtidos.

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JOÃO PAULO COSTA, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
DETERMINAÇÃO DE LIMITES SUPERIORES PARA OS CRITÉRIOS NUM MODELO ESTOCÁSTICO BICRITÉRIO

RESUMO
Nesta comunicação estabelecem-se duas propriedades de um modelo estocástico bicritério, baseado em árvores de decisão. O modelo assume que diferentes processos podem ser utilizados para empreender uma tarefa homogénea. Cada utilização de um processo tem um custo e demora um certo tempo, fazendo avançar a tarefa de acordo com um processo binomial. Pretende-se conhecer as estratégias de utilização dos processos por forma a minimizar o custo e o tempo necessários à realização da tarefa. Sendo um modelo que pode ser muito útil em análise de projectos e planeamento de produção, conduz, na maior parte dos casos práticos, a árvores de decisão muito grandes e, consequentemente, o tempo gasto na determinação directa das estratégias não dominadas torna-se proibitivo.

As propriedades que se apresentam nesta comunicação estabelecem limites superiores para o custo e o tempo gastos na realização de uma porção da tarefa, auxiliando assim a concepção de algoritmos que ponham de lado partes significativas da árvore de decisão sem que tenham de ser analisadas ou mesmo construídas. Estes limites podem ser especialmente úteis na concepção de algoritmos interactivos onde se pretenda determinar uma estratégia não dominada que represente um compromisso, entre o custo e o tempo, que esteja de acordo com as preferências de um gestor.

Trabalho conjunto com: Pedro Godinho (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra).

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EDITE M. G. P. FERNANDES, Departamento de Produção e Sistemas, Universidade do Minho
UMA TÉCNICA QUASI-NEWTON FACTORIZADA PARA PROBLEMAS DE MÍNIMOS QUADRADOS

RESUMO
Nesta comunicação é apresentada uma técnica Quasi-Newton factorizada para resolver problemas de mínimos quadrados não lineares. São deduzidas duas fórmulas de actualização na forma factorizada, com o objectivo de gerar direcções de procura descendentes para a função objectivo. Sob certas condições, prova-se que o algoritmo tem uma convergência local q-superlinear. As experiências computacionais realizadas mostram que o algoritmo é robusto e eficiente em termos práticos.

Trabalho conjunto com: M. Fernanda P. Costa (Departamento de Matemática, Universidade do Minho).

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SUELY OLIVEIRA, Department of Computer Science, University of Iowa
MÉTODOS DE SUBESPAÇO EM PROGRAMAÇÃO SEMI-DEFINIDA

RESUMO
Os problemas de programação semi-definida (PSD) são problemas de optimização da forma min_X C.X sujeito a A_i . X = a_i, i = 1,2,...,m, em que X é uma matriz simétrica semi-definida positiva. Note-se que A.B = traço(A^T B) = soma_{i,j} a_ij b_ij. Os problemas de PSD têm sido utilizados recentemente para aproximar problemas difíceis em optimização combinatória. Os problemas de PSD, embora mais fáceis que os problemas combinatórios que aproximam, não podem ser utilizados directamente em problemas de grandes dimensões: se X for n×n, então, na prática, n está limitado a aproximadamente 3×103. O nosso trabalho incide sobre a utilização de técnicas de subspaço para resolver problemas de PSD de grandes dimensões. Os resultados numéricos considerados resultam da aplicação destas técnicas a problemas de PSD provenientes do problema da partição de grafos.

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CARLOS J. LUZ, Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Instituto Politécnico de Setúbal
SOBRE O NÚMERO DE INDEPENDÊNCIA DE UM GRAFO

RESUMO
A optimização em grafos têm, actualmente, um papel insubstituível no estudo de numerosos sistema s oriundos de áreas tão distintas como as Telecomunicações, a Electrónica, a Gestão, a Psicologia e a Química, entre outras.

Um dos problemas de optimização em grafos mais investigados consiste na determinação de um conjunto de vértices de um grafo, não adjacentes dois a dois, cuja cardinalidade seja a maior possível. Esta cardinalidade diz-se o número de independência (ou de estabilidade) do grafo. Um subconjunto de vértices do grafo com um número de vértices igual ao número de independência, diz-se um conjunto independente máximo do grafo.

Recorrendo a uma situação concreta, esta comunicação iniciar-se-á com uma possível motivação para o estudo do número de independência de um grafo. Relacionaremos este número com outros números que caracterizam o grafo e citaremos alguns desenvolvimentos da teoria dos grafos com origem no estudo destes números.

A determinação dum conjunto independente máximo de um grafo (bem como do número de independência) é, em geral, um problema de grande dificuldade, sendo esta tanto maior quanto maior for a dimensão do grafo. Trata-se, efectivamente, de um problema NP-hard, tal é a designação dada a uma classe de problemas que, tal como o problema mencionado, são de muito difícil resolução.

Dadas as dificuldades encontradas em encontrar um
algoritmo polinomial para obter o número de estabilidade num grafo qualquer, têm sido propostos na literatura diversos majorantes e minorantes para aproximar aquele número.

Apresentar-se-á nesta comunicação uma revisão dos mais significativos majorantes do número de independência bem como de algumas das suas propriedades. Na parte final, proceder-se-á à comparação dos majorantes apresentados à luz do binómio qualidade da aproximação/tempo de cálculo.

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DOMINGOS M. CARDOSO, Departamento de Matemática, Universidade de Aveiro
PROBLEMAS COMBINATÓRIOS EM CONJUNTOS PARCIALMENTE ORDENADOS

RESUMO
Existem muitos problemas práticos que se podem modelar como problemas de ordenação, para cuja resolução se torna especialmente vantajosa a utilização de resultados decorrentes da Teoria dos Conjuntos Parcialmente Ordenados. Entre estes contam-se o disciplinamento de tarefas (que é um modelo de optimização combinatória de aplicação frequente), a identificação de subsequências em sequências de informação experimental que indiciam uma certa localização relativa no ADN (que é um problema típico da moderna Biologia Molecular), a detecção de sequências de mensagens com significado relevante (que tem especial importância no processamento de informações), etc.. Por exemplo, suponha-se que de um grande número de experiências laboratoriais decorre a conclusão que uma certa doença tem de ser combatida com a administração de um determinado conjunto de medicamentos. Suponha-se ainda que alguns destes medicamentos, quer por razões de compatibilidade, quer por razões de dosagem, não podem ser administrados antes que outros o sejam e, por outro lado, que entre duas administrações consecutivas de medicamentos com relações de precedência deste tipo, deverão decorrer pelo menos 24 horas. Neste contexto podem colocar-se as seguintes questões:

- Admitindo que a um determinado conjunto de pacientes, devido ao
estado adiantado da sua doença, tem de ser imediatamente
aplicado o maior número possível de medicamentos compatíveis
(i.e., entre os quais não existe qualquer relação de precedência),
como se determinam esses medicamentos?

- Tendo em vista a cura completa dos restantes pacientes, qual ordem
segundo a qual todos os medicamentos devem ser administrados?

As relações de ordem parcial e as suas representações algébricas e combinatórias, proporcionam estruturas matemáticas poderosas para a modelação e resolução de muitos problemas de natureza combinatória, entre os quais se incluem os anteriormente referidos. Nesta apresentação, analisam-se os principais parâmetros associados a um conjunto parcialmente ordenado (como sejam, o comprimento, a largura e a dimensão), bem como as suas principais subrelações e extensões, com particular destaque para as relações de ordem intervalar, as semitransitivas, as semiordens, as relações de ordem fracae as lineares. Estudam-se as respectivas representações combinatórias (por intermédio de grafos) e algébricas (com recurso aos espaços vectoriais associados) e abordam-se algumas técnicas para a determinação de extensões fracas e lineares, exemplificando-se as suas aplicações. Finalmente referem-se alguns problemas de investigação corrente relacionados com conjuntos parcialmente ordenados.

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LUÍS GOUVEIA, Departamento de Estatística e Investigação Operacional, FCUL
ÁRVORES COM RESTRIÇÕES DE DIÂMETRO: PROPRIEDADES E MODELOS DE FLUXO EM REDES

RESUMO
Dado um grafo não orientado, pretende-se determinar uma árvore de suporte de custo mínimo com a restrição adicional de que o seu diâmetro não é superior a um determinado natural D. Uma maneira intuitiva de garantir a restrição adicional consiste em utilizar diretamente a definição de diâmetro e impôr as seguintes restrições: para qualquer par de nodos, o número máximo de arestas no único caminho na árvore que liga esses dois nodos é não superior a D. Tais restrições levam a modelos em programação linear inteira com um número exagerado de variáveis. Com o objectivo de reduzir a dimensão de tais modelos, discutem-se propriedades de árvores que representam soluções admissíveis para o problema em estudo. Enquanto que é relativamente fácil sugerir uma boa caracterização de uma árvores com diâmetro D par, o mesmo já não se passa relativamente ao caso em que D é impar. Assim, grande parte desta comunicação dedica-se a discutir diversas caracterizações de árvores de suporte com diâmetro ímpar bem como diferentes de maneira de escrever modelos de fluxo em redes sugeridos pelas diversas caracterizações.

Trabalho conjunto com: Thomas L. Magnanti (Sloan School of Management, MIT) e Cristina Requejo (Departamento de Matemática, Universidade de Aveiro).

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