O Regulamento dos
Estágios Pedagógicos diz que "a avaliação deve encarar-se como um
processo contínuo de reflexão, análise e discussão da actividade individual e
de grupo, no sentido de superar erros cometidos, vencer dificuldades e ajustar
o ritmo de trabalho" e que
"a avaliação terá em conta a conjugação de diversos par‰metros cujas
expressões parcelares conduzirão a uma única apreciação global."
A avaliação é assim
incontornavelmente complexa, pelo que este documento pretende proceder a uma uniformização mínima da avaliação dos estagiários que proporcione aos
orientadores e estagiários tanto uma linha orientadora do seu trabalho como
alguma flexibilidade que não iniba as iniciativas necessárias numa tarefa tão
complexa.
Este documento
debruça-se apenas sobre os perfis de desempenho a observar pelo orientador
científico. De acordo com o Regulamento dos Estágios Pedagógicos, o trabalho e
observação do orientador científico incidem essencialmente sobre cinco
aspectos:
a) Sessões
de exposição oral
b) Textos
das sessões de exposição
c) Aulas
assistidas
d) Actividades
de dinamização científica da escola
e)
Participação em encontros
Os perfis de desempenho incidirão assim
sobre estes cinco aspectos:
Sessões de exposição oral:
Insuficiente |
Revela confusão com os conceitos
científicos envolvidos |
12 |
Revela frequentes hesitações com
alguns conceitos científicos envolvidos |
14 |
Exposição escorreita, com raras
hesitações, mas sem capacidade de sair do previamente preparado quando é
questionado, ou sem capacidade de argumentação sobre o que exp™s |
16 |
Exposição clara com capacidade de
sair do previamente preparado quando é questionado e com capacidade de
argumentação sobre o que exp™s, revelando alguma cultura na área científica
da especialidade |
18 |
Exposição muito clara e com
capacidade de discussão segura e correcta sobre temas relacionados com o que
exp™s, revelando boa cultura na área científica da especialidade
(nomeadamente ao nível dos conceitos fundamentais) |
Outros critérios para atribuir
pontuações intermédias: capacidade de corrigir erros evidenciados na preparação
do trabalho e de corrigir insuficiências nos planos apresentados, ˆ vontade na
pesquisa bibliográfica e capacidade de leitura de bibliografia diversificada.
Textos para as sessões de exposição:
Insuficiente |
Textos de difícil leitura e
compreensão e com incorrecções |
12 |
Textos com algumas incorrecções ou
pouco organizados ou pouco claros |
14 |
Textos apenas com incorrecções muito
pontuais, razoavelmente organizados mas com pouca clareza |
16 |
Textos totalmente correctos,
razoavelmente bem escritos e bem estruturados |
18 |
Textos muito claros, bem escritos e
muito bem estruturados |
Estes textos poderão também incluir as
versões de trabalho, de acordo com as indicações dos orientadores.
Outros critérios para atribuir
pontuações intermédias: capacidade de corrigir erros e insuficiências em
anteriores versões, ˆ vontade na pesquisa bibliográfica e capacidade de leitura
de bibliografia diversificada.
Aulas assistidas:
Insuficiente |
Aulas com abundantes erros e pouca
clareza |
12 |
Aulas com alguns deslizes científicos
e pouca clareza |
14 |
Aulas com raros deslizes científicos,
alguma clareza, mas revelando dificuldades em responder ˆs questões dos
alunos |
16 |
Aulas sem deslizes científicos e
claras, mas revelando algumas dificuldades em responder ˆs questões dos
alunos |
18 |
Aulas claras e rigorosas e revelando
capacidade de responder clara e rigorosamente ˆs questões dos alunos |
Outros critérios para atribuir
pontuações intermédias: planos bem elaborados, uso correcto e expedito da
tecnologia, exemplos bem escolhidos e imaginativos, adequação dos assuntos ao
nível etário dos alunos, diversificação de recursos educativos.
Actividades de dinamização
científica da escola:
Insuficiente |
Poucas ou nenhumas actividades |
12 |
Actividades com pouco impacto e com
insuficiências científicas |
14 |
Actividades com pouco impacto ou com
insuficiências científicas ou deficientemente exploradas |
16 |
Actividades interessantes, sem
insuficiências científicas e minimamente exploradas |
18 |
Actividades interessantes, motivadoras,
correctas, imaginativas e bem exploradas |
Outros critérios para atribuir
pontuações intermédias: capacidade de dinamizar competições como as Olimpíadas
(de Matemática, de Física, etc.), o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos ou
similares, competições de Centros Ciência Viva ou similares, capacidade de
lidar com questões tradicionalmente difíceis, materiais bem elaborados,
exemplos com impacto.
Participação em encontros:
Insuficiente |
Não vai a encontros |
12 |
Participa de forma passiva nalguns
encontros |
14 |
Participa de forma activa em
encontros, individualmente ou em grupo |
16 |
Participa de forma activa e com
qualidade em encontros,
individualmente ou em grupo |
18 |
Participa, individualmente, de forma
activa e com qualidade em encontros, sendo o seu trabalho apreciado
positivamente pelos colegas e participantes |
Os encontros a incluir nesta alínea
podem ser: Encontro de Estágios, Encontros Regionais da APM e da SPM ou outras
associações, Tardes de Matemática da SPM, Conferências promovidas pelo Departamento
de Matemática, pelas Escolas ou por outras associações, Cursos de formação
contínua, outros encontros regionais de Matemática, de Ciências ou sobre
Questões Pedagógicas.
Nota final do orientador científico:
A nota final do orientador científico é
calculada como a média pesada dos aspectos atrás considerados, arredondada ˆs
unidades, em que os pesos são os seguintes:
a) Sessões
de exposição oral
-
3
b) Textos
das sessões de exposição -
3
c) Aulas
assistidas
-
2
d) Actividades
de dinamização da escola -
1
e) Participação
em encontros -
1