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Diariamente,
sempre que as condições atmosféricas o permitem, com o
espectroheliógrafo do Observatório são obtidos
espectroheliogramas na risca do cálcio ionizado (Klv e
K3 ) e na risca do hidrogénio (H-alfa) que permitem
observar diferentes níveis da atmosfera solar. Através dos espectroheliogramas em Klv podemos estudar a fotosfera onde se visualizam as manchas solares que são zonas de concentração de fluxos magnéticos fortes e mais frias que as áreas que as rodeiam. Geralmente aparecem em grupo e o seu deslocamento mostra-nos que o Sol tem movimento de rotação diferencial. A cromosfera solar pode ser observada na risca do cálcio ionizado K3 e na risca H-alfa do hidrogénio. Em K3 observam-se as regiões faculares que são zonas mais quentes e representam concentrações moderadas de fluxo magnético com campos em média à volta de 100 G. Na risca H-alfa observam-se os filamentos e as erupções. Os filamentos, geralmente estruturas finas, compridas e pretas, são na realidade plasma que se eleva da cromosfera encontrando-se por isso na coroa solar sendo suportadas por campos magnéticos. Os filamentos são 100 a 500 vezes mais frios e 100 a 500 vezes mais densos do que o meio que os rodeia. Filamentos e protuberâncias são o mesmo fenómeno designando o primeiro a sua projecção sobre o disco solar e dando-se o segundo nome quando o fenómeno é visualizado na coroa. As erupções são regiões muito brilhantes com uma emissão intensa devido a uma grande instabilidade numa parte do campo magnético de uma região activa, com grande libertação de energia.
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Adriana
Garcia Assessora de Observações Astronómicas Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra Email: astronomico@gemini.ci.uc.pt |