Fruto da efervescência matemática nos
anos 40,
traduzida no aparecimento sucessivo da Portugaliae Mathematica
(1937), do Seminário Matemático de Lisboa
(1938),
do Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas
à Economia
(1938), da Gazeta de Matemática (1939), do Centro
de Estudos
Matemáticos de Lisboa e do Porto (1940 e 1942,
respectivamente),
foi fundada em 12 de Dezembro de 1940 a Sociedade Portuguesa
de
Matemática -- SPM.
No prefácio do primeiro Boletim, Pedro José
da Cunha,
primeiro presidente da SPM, considerando as condições
propícias
para as Ciências Matemáticas entrarem de
novo em Portugal numa era de
fecunda e proveitosa actividade, exorta à associação
dos
matemáticos portugueses na recém-criada
Sociedade.
Graças ao prestígio e dinamismo dos seus
mentores,
entre os quais cumpre salientar António Monteiro,
a SPM
rapidamente alcança
significativa implantação na comunidade.
Nos anos de 1946 - 1947 o regime vigente desencadeou
uma ofensiva
contra a Universidade, tendo sido afastados do ensino,
entre outros,
e no tocante à Matemática,
Bento Caraça, Ruy Luís Gomes, Zaluar Nunes,
José Morgado,
António Monteiro, Hugo Ribeiro, Pereira Gomes.
Os Centros de
Matemática foram praticamente extintos e proibidas
as actividades da SPM
em qualquer dependência do Ministério
da Educação
Nacional. Da última Direcção,
eleita em 22 de Janeiro de 1945,
apenas o Vice-Presidente
conservou o lugar de professor, tendo sido impossível
reunir a
Assembleia Geral para eleição de novos
órgãos sociais.
Perseguidos pela PIDE muitos dos sócios fundadores
e grandes
dinamizadores da Sociedade,
vendo-se alguns obrigados a prosseguir no exílio
as suas
carreiras, a actividade da SPM atravessou um período
de declínio.
As revistas mantiveram-se; a Portugaliae Mathematica
graças aos esforços de Zaluar Nunes e
a Gazeta de Matemática
aos de Gaspar Teixeira.
Mas a criação de um forte movimento matemático,
como o prenunciado nos anos 40, foi assim postergada.
A história da SPM,
desde a sua fundação à actualidade,
é caracterizada pela
alternância de períodos de maior e menor
dinamismo. Após o 25
de Abril, a Direcção presidida por Santos
Guerreiro ombreia
decididamente a tarefa de legalização
da Sociedade, tendo sido
registados em 1977 no Diário da República
os seus primeiros Estatutos.
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