Matemática no
Antigo Egito
O antigo Egito (3000 anos a.C.) ocupava grande parte do
vale do Nilo, a base económica era a agricultura, o que
justificava a construção de canais, diques e celeiros. Para isto
era necessário mão-de-obra, “arquitetos/engenheiros”, ou seja,
era necessário muitos conhecimentos matemáticos.
Ao
contrário dos babilónios, este povo utilizava os papiros como
utensílio de escrita. A decifração destes, só foi possível
graças a Thomas Young e a Jean François
Champollion,
em 1799, com a ajuda de uma pedra muito especial, a
pedra da Rosetta.
Existem
poucas fontes matemáticas egípcias, as mais importantes são: o
papiro de
Rhind,
o papiro de
Moscovo,
o papiro de
Kahun ,
o papiro de Berlim e o rolo de couro das matemáticas Egípcias.
Papiro
de Rhind
Papiro de Kahun
Papiro de Moscovo
Estes papiros contêm problemas de divisão de bens, divisão de
terrenos, cálculo de áreas e volumes e aproximações para o Pi. O
raciocínio apresentado não contém justificação científica ou
prova matemática, apenas os passos ou estratégias de resolução,
no entanto, é curioso o engenho e arte na resolução de certos
problemas.
Sistema de numeração e operações
Os egípcios utilizavam um
sistema de base 10, usando traços repetitivos para
representar os números de 1 a 9 e outros
símbolos
para representar potências de base 10. As adições e
subtrações eram realizadas do mesmo modo que é ensinado no
Ensino Básico.
A divisão, “dividir
a por
b” é o mesmo que
“por quanto multiplicar
b para obter
a”. A
multiplicação consistia em achar o valor pretendido através
de sucessivas multiplicações e suas adições. Por exemplo:
para multiplicar 16 por 13 faziam o processo da ilustração
11.
A coluna da direita corresponde ao
nosso número para multiplicar, a coluna da esquerda
corresponde ao valor que queremos repetir, neste caso, 13
vezes.
Multiplicação
egípcia
Divisão egípcia
Frações Unitárias
Este processo era bastante útil na repartição
de bens, pois todas as pessoas iriam receber a mesma
quantidade com a mesma proporção. Trata-se de um
método que aparenta ser bastante simples, no entanto
a decomposição em frações unitárias é muito difícil.
O mais curioso é que o escriba nunca apresenta uma
fórmula geral para calcular todas as frações.
Segredos dos Egípcios
Os egípcios resolviam também equações do 1º e
do 2º grau, através do método da falsa posição, onde
era atribuída uma substituição para tornar a equação
mais simples. Resolviam também progressões
aritméticas/geométricas, problemas geométricos e
deram uma aproximação para
O maior tesouro deixado pelos egípcios foram
as pirâmides, monumentos estes, que suscitam grandes
questões, relacionadas com o seu método de
construção. Por incrível que pareça, os escribas não
deixaram nenhuma informação sobre essas imponentes
construções.
No entanto, no papiro de Moscovo apresentam um
problema que envolve o volume de uma pirâmide
truncada. O escriba para resolver este problema usa,
através de passos, a fórmula
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