Regras da classe provisória F3F
CLASSE F3F - PLANADORES DE ENCOSTA RÁDIO COMANDADOS
5.F.1 Definição: Esta competição é uma prova de velocidade para planadores de encosta rádio comandados. Deve ser voado um mínimo de quatro mangas. O organizador deve efectuar tantas mangas quanto as condições e o tempo disponível o permitirem, até um máximo de dez mangas.
5.F.2 Características dos Planadores de Encosta Rádio Comandados
Área total máxima (St).................................................150dm2
Peso máximo em ordem de voo....................................5 Kg
Carga em St.................................................................entre 12 a 75 g/dm2
O rádio deve ser capaz de funcionar simultaneamente com outros equipamentos emitindo no espaçamento normalmente usado na banda de frequência designada para R/C (por exemplo, em 35 MHz um espaçamento de 10 KHz).
O concorrente pode usar dois modelos na competição. O concorrente pode misturar os elementos dos modelos entre mangas na condição de o modelo resultante utilizado esteja conforme os regulamentos e que esses elementos tenham sido verificados antes da competição. A adição de lastro (que deve ser colocado internamente no modelo) e/ou a modificação dos ângulos de incidência são autorizadas. Variações de geometria ou de área são autorizadas apenas se forem comandadas à distância por rádio.
5.F.3. Concorrente e Ajudantes: O concorrente (piloto) deve ser o próprio a utilizar o seu equipamento de rádio comando. A cada piloto é permitido um ajudante. O ajudante serve apenas para dar assistência e aconselhar o piloto até o modelo passar a Baliza A pela primeira vez e depois da prova estar completada.
5.F.4. Definição de Tentativa: Uma tentativa começa quando o modelo é largado das mãos do piloto ou do seu ajudante.
5.F.5. Número de Tentativas: O piloto tem uma tentativa para cada voo. Uma tentativa pode ser repetida se:
o lançamento é impedido, prejudicado ou abortado por circunstâncias fora de controlo do piloto, e tal é testemunhado por parte dos juizes de prova;
o modelo colide com outro modelo em voo ou com outro obstáculo e o piloto não possa ser culpabilizado pelo facto;
o voo não tenha sido cronometrado por culpa dos juizes.
5.F.6. Desclassificação de um Voo: Um voo é oficial quando é feita uma tentativa, qualquer que seja a sua pontuação. Um voo é oficial mas recebe uma pontuação igual a zero quando:
o piloto utiliza um modelo não conforme com as regras FAI;
o modelo perde algum elemento em voo;
o ajudante aconselha o piloto durante o tempo de prova;
o modelo é comandado por outro que não o piloto;
o voo não é acabado;
o modelo aterra fora da área designada para a aterragem;
o modelo não é lançado dentro de um minuto após o sinal de início de tempo de trabalho ser dado.
5.F.7. Organização das Provas: Os voos são efectuados por mangas. A sequência dos voos é determinada por sorteio de acordo com as frequências rádio utilizadas.
O piloto tem direito a três minutos de tempo de preparação a partir do momento em que é chamado para a ready box (área de espera para o piloto que irá efectuar o próximo voo). Decorridos os três minutos pode ser dado o sinal de início, após o qual o piloto ou o seu ajudante tem o máximo de um minuto para o lançamento do modelo. O piloto ou o seu ajudante devem lançar manualmente o modelo da área de lançamento indicada pelo organizador.
Se possível, a área de lançamento, incluindo sistema acústico, deverá estar situada a meio do circuito de velocidade (equidistante da Baliza A e da Baliza B).
O tempo decorrido entre o lançamento do modelo até que o modelo entre no circuito de velocidade não deve exceder trinta (30) segundos.
Se o modelo não entrar no circuito de velocidade (primeiro cruzamento da Baliza A em direcção à Baliza B) dentro dos trinta segundos, o tempo de voo começará no momento em que os trinta segundos expirem e tal será anunciado por os juizes de prova.
5.F.8. A Tarefa do Voo: A tarefa do voo é voar 1000 metros num circuito de velocidade fechado de 100 metros no mais curto intervalo de tempo possível desde que o modelo cruza a Baliza A em direcção à Baliza B.
5.F.9. O Circuito de Velocidade: O circuito de velocidade é estabelecido ao longo da beira da encosta e é demarcado em ambos os extremos por duas bandeiras claramente visíveis. O organizador deve assegurar-se que os dois planos (das balizas) estão paralelos entre si e perpendiculares à encosta.
Dependendo das circunstâncias , os dois planos são designados respectivamente Baliza A e Baliza B.
A Baliza A é o plano oficial de início da prova. Na Baliza A e na Baliza B, um Juiz assinala a passagem do modelo (por extenso, o centro de gravidade do modelo) com um sinal sonoro quando o modelo passa para o exterior do circuito. Adicionalmente e no caso da Baliza A, um sinal anuncia a primeira vez que o modelo cruza a Baliza A em direcção à Baliza B.
5.F.10. Juizes de Prova: Os voos são julgados por dois juizes, que não tem que ser os mesmos para todos os concorrentes. A função dos juizes é de assegurarem que os voos são efectuados de acordo com as regras, cronometrarem os tempos de voo e certificarem-se que foi voada a distância correcta.
5.F.11 Pontuação: O resultado do voo é declarado como o tempo em segundos até aos centésimos obtido por cada piloto. Para o fim de calcular o resultado da manga, o resultado do concorrente é convertido pela fórmula:
1000 X (P1 / PV) em que PV é o melhor resultado da manga e P1 o resultado do concorrente.
5.F.12 Classificação: A soma das pontuações do concorrente por manga determinarão a sua posição na classificação final. A mais baixa pontuação por manga do concorrente será descartada e as restantes somadas para obter a pontuação final que determinará a classificação final.
Para evitar empates na classificação em relação às melhores pontuações, mangas de classificação serão voadas até ao desempate. Se tal não for possível, a pontuação da manga descartada determinará a classificação final de cada concorrente.
5.F.13 Organização da Competição: A competição deve decorrer num local apropriado para o voo de encosta.
Quando se demarcam as áreas de lançamento e de aterragem e os planos de volta, o organizador deve ter em atenção a configuração do terreno e a direcção do vento.
5.F.14 Mudanças: Quaisquer mudanças na zona de voo e área de aterragem só podem ser efectuadas entre mangas.
5.F.15 Interrupções: Uma manga a decorrer pode ser temporariamente interrompida se:
a velocidade do vento for ininterruptamente abaixo 3 m/s ou acima de 25 m/s.
a direcção do vento ininterruptamente se desviar mais de 45 graus duma linha perpendicular à direcção principal do circuito de velocidade.
Uma manga a decorrer será cancelada se:
a interrupção durar mais de 30 minutos;
menos de 50% dos concorrentes tenham conseguido desempenhar a tarefa, causado por condições marginais.
Sem que a condição ininterruptamente (ou seja por um período de 20 segundos) fosse observada e assim automaticamente tenha provocado direito a nova tentativa.